Como esse é o mês da criança, me peguei pensando na minha. Aquela que é guardiã das lembranças mais puras e autênticas da minha essência.
Ao longo dos anos, a vida adulta vai erguendo barreiras ao redor dela, mas reencontrar essa criança neste mês foi muito gostoso - me trouxe uma sensação profunda de bem-estar, de estar em casa.
A verdade é que nossa criança é uma fonte inesgotável de autenticidade. Ela não conhece máscaras, não se preocupa com convenções sociais ou expectativas externas. Ela simplesmente é.
Suas risadas são genuínas, seus sentimentos são intensos e sua curiosidade é insaciável. Basta olhar pra qualquer criança ao seu redor. Não é lindo de ver?
Isso sem falar na sabedoria que nossa criança carrega. Ela possui uma intuição afiada, um olhar puro e uma capacidade de ver beleza nas coisas mais simples. Ela entende as complexidades da vida de uma forma descomplicada e suas respostas para os desafios são, muitas vezes, surpreendentemente perspicazes.
Ao me conectar com a Cacá menina, sinto como se mergulhasse num mundo de criatividade e inovação. Ela é a artista, capaz de ver cores e formas que muitas vezes negligenciamos. Ela é a inventora que vê soluções onde os olhos de hoje, por vezes, enxergam obstáculos.
Percebo que acessar tudo isso é integrar uma parte essencial de nós. É como se estivéssemos unindo passado e presente, trazendo à tona a pureza e a vitalidade que frequentemente se perdem nas pressões do cotidiano.
Que a gente tenha sabedoria para levar conosco nossa criança por aí – e não lembrar dela só em outubro, né? Que nossas crianças interiores sejam parte gostosa das nossas vidas, especialmente quando quisermos um toque de leveza, coragem e simplicidade.