Começo esta edição com uma sensação gostosa. Hoje resolvi escrever um texto um pouco diferente. Um texto que conta um pouco das minhas experiências pessoais e que quero dividir com vocês.
A minha busca para estar cada vez mais próxima daquilo que acredito é antiga. Acho que muito disso se deu por situações adversas que aconteceram na minha vida. Situações que tiram a gente do prumo e nos deixam perdidos - sem pedir licença. Quando nos damos conta, o barco já mudou de direção e a gente perdeu qual era o caminho. No momento em que entendi que dependia de mim a retomada de consciência, comecei a me mexer.
Lá fui eu. Mergulhar no desconforto pra tentar buscar um pouco de ar. Tentar enxergar – eliminando tudo aquilo que me disseram que era certo ser – como eu era de fato.
O que percebi nesses anos que passei me investigando é que esse movimento não tem fim. Quanto mais a gente procura, mais a gente acha. A notícia boa é que é bom d-e-m-a-i-s essa caça ao tesouro. A sensação é bem essa. Cada pedacinho vai te trazendo um gosto de vitória e de apropriação de quem se é.
Nessa minha busca, entendi a necessidade que tenho de me retirar - literalmente. Sair de todos os papéis que cumpro – como filha, amiga, esposa, mãe da Tita e profissional – e olhar só pra mim. É assim que consigo realmente me enxergar. É isso que acho bonito. Quando a gente entende o que faz bem pra gente.
Afinal, sabedoria é sobre conhecer a si e se conquista experimentando, vivendo. É diferente de conhecimento, que você adquire através dos livros.
Quando compreendi isso, passei a dar muito mais valor àquilo que vivencio. É quando sinto todas as minhas células se movimentando. Experimentar é dar repertório para nosso corpo acessar diferentes memórias, sabores, sorrisos e gritos.
É assim que redescobrimos nossa força. E essa transformação acontece no movimento. É no caminho que vamos nos reconhecendo, mudando, reavaliando, entendendo nosso lugar no mundo.
Nessa minha caminhada, sigo dedicada a buscar ferramentas que me façam conectar comigo. Que me façam acessar minha sabedoria instintiva. Que me ajudem a criar meu refúgio particular - aquele que me acolhe e me dá força pra seguir. Me mostra todo meu potencial. Que direciona caminhos. Que me faz reafirmar minha força.
E por essa sensação que tenho no peito hoje, quero fazer um convite para você vasculhar aquilo que está guardado a 7 chaves. Ou está lá e você não quer ver – por falta de coragem, por falta de confiança, porque tá sem tempo e prefere priorizar o tempo - que não se tem - com outras coisas. Ser o que somos parece um caminho óbvio. E é. É nosso por direito e não é justo viver sem.